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Circo é inocentado de maus-tratos

Circo é inocentado de maus-tratos
Animais apreendidos pelo ibama devem ser devolvidos ao le cirque. Advogado diz que impetrará ação de indenização contra a união
Marília Costa e Silva
A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em Brasília, absolveu os donos do Le Cirque da acusação de maus tratos aos animais que o circo usava em apresentações. Os 26 bichos foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na capital federal, em 2008, e entregues a vários zoológicos, inclusive o de Goiânia.
Com a decisão, todos os animais agora deverão ser restituídos aos proprietários do circo. Três deles, contudo, não poderão ser entregues. São eles as duas girafas macho Tim e Tico e uma zebra. Trazidos para a capital goiana em dezembro de 2008, eles foram os primeiros a morrer antes que o zoológico fosse fechado para reforma, em julho de 2009.
Com a morte dos bichos, o advogado do circo, Edilberto de Castro Dias, explica que os donos do Le Circe devem entrar com ação de indenização por danos materiais contra a União, por ser o Ibama um órgão federal. “Os animais eram caros, custando hoje cerca de R$ 1,1 milhão”, afirma. Ele avisa que deve ser proposta ação de reparação por danos morais, já que os proprietários foram inocentados da acusação de maltratar os bichos.
O Le Circe também vai pleitear reparação por lucros cessantes. “Com a retirada dos bichos, que eram boa parte das atrações, o Le Cirque perdeu público e ficou em dificuldades financeiras e isso deve ser reparado pela União”, diz.
Zoológico interditado após mortes
A morte das girafas e da zebra de propriedade do Le Cirque e também de outros animais levaram o Ibama a interditar o Zoológico de Goiânia, em julho de 2009, para avaliação clínica dos bichos. As mortes continuaram o que forçou a Prefeitura a anunciar a reforma e adequação do local, que até hoje não voltou a ser reaberto à visitação pública.